terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Telefônica Open Jazz


Domingo passado (02/12), eu, o Daniel e a Gabi (minha cunhada) fomos assitir ao show gratuito da Diana Krall no Parque Villa Lobos.

Eu, particularmente, não gosto de jazz, acho MUITO MUITO extremamente chato. Porém é uma oportunidade ímpar: um show de qualidade (porque, convenhamos, jazz pode ser chato como for, mas não tem como negar que é um som de muito boa qualidade) e de graça no parque. Pensei: "Por que não? Na pior das hipóteses, deixo o Daniel com a Gabi lá assistindo e vou me sentar embaixo de alguma árvore e ler um livro."

Ha-Ha pra mim.

Chegamos mais ou menos 9:30h da manhã. O show dela estava marcado para as 11, mas ainda haveria 2 apresentações antes, uma da Traditional Jazz Band e outra da Banda Mantiqueira. Teve um pouco de congestionamento na entrada, mas até aí... é São Paulo né... e pelo menos o estacionamento era gratuito, o que é BEM raro de se ver hoje em dia.

Pois bem, entramos, estacionei e nos dirigimos até o local onde foi montado o palco. Já tinha bastante gente, mas não tava tão cheio. Ok, beleza até então. Até que olhei de um lado, depois de outro... "Cadê as árvores?" Não tinha árvores! Não TEM árvores. Conseqüentemente, não tinha sombra NENHUMA. Os poucos locais com sombra (leia-se: minúsculas sombras) já estavam habitados por centenas de pessoas. Achamos um espaço na grama mais ou menos perto e nos acomodamos ali. E ali passamos as próximas 4 horas: debaixo de um sol de quase 40ºC, sem nenhuma nuvem no céu, sem protetor solar, sem quase nada de água, apenas com uma baguete de frango, 3 coca-colas (quentes... urgh) e bonés verdes que a Telefônica estava distribuindo. Ainda bem que tinha um bebedouro ali perto (com uma fila quilométrica, claro, mas não vem ao caso).

Falando sobre os shows, posso dizer que foram bem legais (na medida do possível pra mim, porque as outras 12.999 pessoas pareciam estar adorando). Dos dois shows de abertura eu não gostei muito não, pelos motivos que eu já citei ali em cima. Nesse período ficamos o tempo todo sentados esturricando e desidratando e conseguíamos ver e ouvir razoavelmente bem (apesar de ter uma "área vip" que separava nós mortais das outras pessoas que tinham a regalia de assistir aos shows sentados em cadeirinhas - mas debaixo do mesmo sol, ha ha!).

A Diana Krall entrou no palco por volta do meio-dia, a galera toda levantou e virou a festa do caqui: as pessoas organizadas e educadas se transformaram em loucos que gritavam, iam em direção ao palco (quer dizer, em direção à grade da área vip) e se espremiam ali pra tentar enxergar um pouquinho da apresentação. Ela foi MUITO simpática, brincou com o pessoal o tempo todo durante o show e, claro, cantou divinamente. Uma pena que bem no show dela o som estava horrível. A gente tinha que escolher se queria assistir ou ouvir. Se quiséssemos ouvir, precisaríamos ficar atrás de uma das caixas de som, mas aí não dava pra ver. Se quiséssemos ver, teríamos que nos espremer no meio do povaréu, mas aí não dava pra ouvir. Enfim, saímos de onde estávamos e fomos procurar um lugar onde fosse possível ver e ouvir um pouquinho. Acabamos descobrindo que o lado direito do palco (onde ficamos inicialmente) era o lado das pessoas mal educadas e o lado esquerdo, o das pessoas finas. Lá estavam todos sentados serenamente apreciando o show, num paz só! Achamos um "buraquinho" ali e ficamos até acabar (por volta das 13:30h).

A hora de ir embora é um capitulo à parte: visualizem 13.000 pessoas saindo com seus carros de um estacionamento de um portão só. Pois é, eu não visualizei não. Eu VI e era o próprio inferno! Imagina só: você saiu no sábado à noite, foi dormir às 3:30 da madrugada, acordou às 7, tá no sol há 4 horas, o carro tá fervendo e a fila não anda NADA. Desencanamos, fomos até o carrefour do outro lado da rua, comemos, fizemos uma horinha por lá (uma horinha não, umas 2 horinhas, porque até aquele povo todo sair dali...) e conseguimos ir embora, com queimaduras de sol horrorosas e princípio de insolação, umas três e meia da tarde, jurando pra quem quisesse ouvir que nunca mais nos meteríamos numa roubada dessa!

Até o próximo show, claro...

UPDATE: tomei uma multa por passar no farol vermelho esse dia também. Tudo pra ajudar...

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