Tenho dó dos meus netos e dos seus também.
Começou o maior temporal agora há pouco e eu me lembrei de sábado passado. Fui na minha cabeleireira, por conta do casamento de um amigo, e estava lá, feliz e contente, fazendo as unhas, quando começa a chover. Reclamei internamente: "putz, tem a semana inteira pra chover, vai chover bem hoje que tenho um casamento e vou arrumar o cabelo?". Logo em seguida, pensei: "bom, até que tá precisando de uma chuva mesmo, ninguém merece passar por racionamento de água e luz, como aconteceu aquela vez. Sem contar o aquecimento global e tal". Eis que, lei de Murphy à parte, me aparece a vizinha, no meio do toró, de mangueira em punho e galochas (acho que pra não molhar o pé, vai saber...). Sem o menor pudor, ela abre a torneira e começa a "varrer" a sujeira do quintal com a água. "Puta que pariu!" pensei. "Mas já não tá chovendo? Por que essa infeliz tem que pegar a mangueira e lavar o quintal? Por que não pega só a vassoura e varre? Deixa a água da chuva lavar!". Pois bem, consigo segurar muitos impulsos, menos o da língua, então chamei a moça:
"Bel, vc tem filho né?"
"Tenho, Lu".
"E você quer ter netos?"
"Ô!! Claro que quero!!!"
"E você vai gostar deles?"
"Nossa, tô longe de ter um ainda, mas já gosto!!"
"E você sabia que eles vão morrer de sede?"
"O quê?!? Como assim?"
"É, Bel, a se já tá chovendo, que diabos você ainda tem que lavar o quintal? Puxa a sujeira com a vassoura! A água potável do mundo vai acabar e não vai ser daqui muito tempo, tem que economizar já!"
"Ih Lu, com essa chuvona, não acaba não! Olha quanta água caindo aí do céu! E é rapidinho, só um pouquinho que eu usar agora não vai fazer diferença, não."
Eu ia completar com: "Mas se um milhão de pessoas pensarem como você e resolverem gastar 'um pouquinho' da água pra lavar o quintal NO MEIO DA CHUVA, imagina o quanto de água não vai ser gasto só hoje!", mas nem perdi meu tempo.
Você perderia?
Começou o maior temporal agora há pouco e eu me lembrei de sábado passado. Fui na minha cabeleireira, por conta do casamento de um amigo, e estava lá, feliz e contente, fazendo as unhas, quando começa a chover. Reclamei internamente: "putz, tem a semana inteira pra chover, vai chover bem hoje que tenho um casamento e vou arrumar o cabelo?". Logo em seguida, pensei: "bom, até que tá precisando de uma chuva mesmo, ninguém merece passar por racionamento de água e luz, como aconteceu aquela vez. Sem contar o aquecimento global e tal". Eis que, lei de Murphy à parte, me aparece a vizinha, no meio do toró, de mangueira em punho e galochas (acho que pra não molhar o pé, vai saber...). Sem o menor pudor, ela abre a torneira e começa a "varrer" a sujeira do quintal com a água. "Puta que pariu!" pensei. "Mas já não tá chovendo? Por que essa infeliz tem que pegar a mangueira e lavar o quintal? Por que não pega só a vassoura e varre? Deixa a água da chuva lavar!". Pois bem, consigo segurar muitos impulsos, menos o da língua, então chamei a moça:
"Bel, vc tem filho né?"
"Tenho, Lu".
"E você quer ter netos?"
"Ô!! Claro que quero!!!"
"E você vai gostar deles?"
"Nossa, tô longe de ter um ainda, mas já gosto!!"
"E você sabia que eles vão morrer de sede?"
"O quê?!? Como assim?"
"É, Bel, a se já tá chovendo, que diabos você ainda tem que lavar o quintal? Puxa a sujeira com a vassoura! A água potável do mundo vai acabar e não vai ser daqui muito tempo, tem que economizar já!"
"Ih Lu, com essa chuvona, não acaba não! Olha quanta água caindo aí do céu! E é rapidinho, só um pouquinho que eu usar agora não vai fazer diferença, não."
Eu ia completar com: "Mas se um milhão de pessoas pensarem como você e resolverem gastar 'um pouquinho' da água pra lavar o quintal NO MEIO DA CHUVA, imagina o quanto de água não vai ser gasto só hoje!", mas nem perdi meu tempo.
Você perderia?
Um comentário:
É por isso que não vou ter filhos, Lu...imagina só os coitados conviverem com essa gente e com os filhos dessa gente...pergunta pro meu pai as besteiras que o Henrique tá aprendendo na escola...culpa dos coleguinhas que têm pais que mereciam surra no lugar deles!
Beijo.
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